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Thor Amor e Trovão | Crítica

Taika Waititi, O Carniceiro de Thors


Thor Amor e Trovão

ESTE ARTIGO NÃO CONTÉM SPOILERS

Publicado por: Lexrenato

É eu sei, eu se… sei que o site anda meio parado e sem muito conteúdo, e por isso, peço desculpas para aqueles que estavam perguntando sobre o filme. Ainda não consegui ver o Adão Negro, mas logo trarei também... Ao mesmo tempo, quero pedir desculpas pelo sumiço, as vezes entro em um hiato de falta de criatividade, que acabou combando com um momento de mudanças na minha vida, e o Pllano Geral foi também afetado, porém, ando me restabelecendo e prometo trazer mais críticas e artigos de uma forma mais frequente, esperem e verão.

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Enfim, vamos falar do filme… Thor (Chris Hemsworth), em mais uma de suas aventuras pelo espaço, acaba se separando dos seus amigos (Guardiões da Galáxia), para ajudar uma amiga que solicitou socorro. Nessa, Thor descobre um novo inimigo, Gorr (Christian Bale), O Carniceiro dos Deuses.

Thor Amor e Trovão já deixa explícito em seus primeiros minutos que será uma versão MAIS de Thor Ragnarok (2017), e esse MAIS significa: mais piadas, mais músicas pops colocadas aleatoriamente, um inimigo mais perigoso… e assim vai. Isso decorre porque a produção é dirigida por Taika Waititi, mesmo diretor lá do Ragnarok, e para não fazer o simples “mais do mesmo”, o diretor tentou potencializar, em todos os sentidos, o que tinha mostrado no longa de antecessor.

Infelizmente essa não foi uma boa ideia, enquanto Ragnarok consegue ter um humor bem cadenciado (que foi muito até para algumas pessoas), aqui o humor está em praticamente tudo (com raríssimas exceções). Até algumas cenas que deveriam ser em essência dramáticas, o diretor se esforça para ser engraçado, e isso atrapalha e muito, pois não é necessariamente orgânico. O longa não parece uma comédia, parece outra coisa tentando ser comédia. É sempre importante lembrar que um longa precisa dançar entre emoções, se você contar uma piada atrás da outra, a pessoa do outro lado não vai rir de nada.

Gorr

Nem vou me dar ao trabalho de estender sobre Thor, é aquele mesmo Thor que você já conhece..., fica a seu critério gostar ou não dessa versão. Já quanto Jane Forster/Poderosa Thor (Natalie Portman), teve claramente o papel de trazer dramaticidade ao roteiro, porém, o núcleo é super mal explorado, e o talento de Portman, parece ser jogado pelo ralo. E já pegando o gancho de talento desperdiçado, o mesmo acontece com Christian Bale. Aqui fico na dúvida se o ator teve a liberdade de interpretar o vilão daquela maneira, ou se era mesmo um desejo da direção, mas bem, independentemente de onde partiu a ideia, por favor, espero não ver outra vez. Ao menos quando o vilão está calado, a direção de arte consegue dar um ar soturno e assustador, o que tira o personagem do completo fracasso. E ahh, tem também um belo trabalho de maquiagem.

Quanto aos efeitos especiais, tudo está muito inconsistente. Há momentos em que você irá se maravilhar com planos abertos, ou fotografias bem inspiradas, e haverá outros que você se perguntará - “pra quê um capacete de CGI?” Pois é, tem momento que o fundo verde te lembra que aquilo é um filme, e isso não deveria mais acontecer. Talvez esse problema tenha conexão direta com a discussão que rolou há alguns meses, em que artistas de animação reclamaram do trabalho nos estúdios Marvel, reclamação essa voltada principalmente aos curtos períodos para se realizar seus respectivos trabalhos.

Quanto ao roteiro, é simples e bem claro. Os três atos estão bem divididos, e os dois primeiros até que funcionam bem, o problema maior acontece apenas no terceiro e último, pois é aqui que o filme se perde completamente, parece até que caiu do caminhão de mudança. São várias forçadas de barra na resolução dos conflitos e há ainda algumas inconsistências entre os próprios personagens, é quase um foda-s* do diretor. Assim que termina, você já esquece, e quer logo ir assistir outra coisa.

E como o filme quis tanto emular os sentimentos do rock dos anos 90', me permito a fazer essa singela analogia: Thor Amor e Trovão nos promete um vibrante show dos Guns N’ Roses, mas acaba nos entregando um CD do Oasis.

AVALIAÇÃO 2.0