Convenção das Bruxas | Crítica
ESTE ARTIGO NÃO CONTÉM SPOILERS
Publicador por: Lexrenato
Remake de um dos grandes clássicos dos anos 90, Convenção das Bruxas chega em um momento bem complicado em decorrência da pandemia do coronavírus. Muitos cinemas ainda estão fechados, dificultando bastante o acesso das pessoas ao longa. O filme pode ser visto também no HBO Max, porém o serviço ainda não está disponível no Brasil.
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Apesar dessa dificuldade, a obra parece que vem sendo bem aceita pelo público, possivelmente por não trazer grandes diferenças ao longa original. O diretor Robert Zemeckis decidiu fazer um remake, o que implica em justamente tentar ser bastante fiel a sua obra de referência. As poucas mudanças que foram feitas tiveram um impacto positivo na trama, como um detalhe crucial sobre a rata Daisy — mesmo o fato parecendo forçado demais pela coincidência —, ainda sim o ocorrido deu um peso maior aos atos das bruxas. Outra mudança como o menino e a avó serem substituídos por um ator negro (Jahzir Bruno) e uma atriz negra (Octavia Spencer), foi muito bem vinda, já que foi possível pincelar mais fielmente um momento histórico, que não era possível na obra original.
Como de praxe, não posso esquecer de comentar sobre os efeitos especiais. Infelizmente alguns momentos de CGI são bem problemáticos, o gato Hades por exemplo, e uma galinha que aparece no início, são de longe os efeitos que mais me incomodou, pois estão muito artificiais, ao ponto de estarem totalmente deslocados dos elementos reais da cena. Porém, alguns outros efeitos estão ao menos aceitáveis, destaque claro aos da Grande Bruxa (Anne Hathaway), que podem ser até um pouco assustadores.
E claro, não podemos deixar de falar dela, a Grande Bruxa. Algo que me chamou bastante atenção, foi a forma de se comunicar de Hathaway. A atriz faz um sotaque britânico tão carregado, que é muito difícil de entendê-la algumas vezes. É bom o leitor saber, obviamente, que tal sotaque é proposital, já que como é dito no próprio filme, as bruxas têm uma forma estranha de falar. O que quero atenção aqui, é a capacidade de atriz de deixar o regionalismo inglês engraçado, no entanto, sem parecer forçado demais, como os sotaques texanos retratados em muitos filmes de Hollywood.
Claro que não é só isso que tenho a falar de Hathaway, a atriz apresenta uma versatilidade extraordinária ao se mostrar ameaçadora, mesmo não recorrendo a efeitos da versão como bruxa, ao mesmo tempo que sabe ser divertida e tirar algumas risadas de canto de boca do telespectador.
Outro ponto que é importante salientar aqui, é que na versão original a Grande Bruxa foi interpretada pela maravilhosa Angélica Hudson, então é quase impossível não compará-la automaticamente com a atuação de Hathaway. Porém, não podemos ficar na simplicidade de dizer que uma é melhor que a outra, pois são obras com um espaçamento temporal de 30 anos. Então não vamos desqualificar as novas versões só por que as antigas poderiam seriam melhores.
Recentemente noticiamos que Anne Hathaway se desculpou em seu Instagram após a polêmica das características das mãos das bruxas se assemelharem a necessidade especial de algumas pessoas (veja detalhes aqui). Felizmente esse fato não atingiu a distribuição do longa e nem foram refeitos o CGI, o que poderia ter prejudicado bastante o desempenho do filme.
Convenção das Bruxas quer apenas te divertir, é uma obra com uma trama simples e feito para famílias e crianças. O roteiro não tem grandes reviravoltas, apenas um boa ideia encaixada aqui e ali, o suficiente para não deixar o longa lento demais. Se você procura algo para fazer com seus filhos, ou apenas uma boa distração, com certeza esse filme é uma boa pedida.
Convenção das Bruxas quer apenas te divertir, é uma obra com uma trama simples e feito para famílias e crianças. O roteiro não tem grandes reviravoltas, apenas um boa ideia encaixada aqui e ali, o suficiente para não deixar o longa lento demais. Se você procura algo para fazer com seus filhos, ou apenas uma boa distração, com certeza esse filme é uma boa pedida.
AVALIAÇÃO: 3.0