John Wick 3: Parabellum | Crítica
ESSE ARTIGO NÃO CONTÉM SPOILERS
Em mais uma aventura cheia de ação e muitas brigas, John Wick (Keanu Reeves), volta para matar uma população de capangas descartáveis e sentar um pouquinho com seu dog.
Algo
que me incomodou muito no longa, foi uma quantidade incontável de pessoas que
Jonh Wick e sua amiga Sofia (Halle Berry), mataram. São tantas mortes que os
personagens mais parecem o Rambo, o
que deixou esses momentos com praticamente zero de credibilidade. Claro que, a
proposta da obra era apresentar uma ameaça ainda mais perigosa do que os seus dois
filmes anteriores, porém isso não necessariamente precisaria se dar através
dessa quantidade surreal de subordinados. Felizmente, o próprio filme se
corrige mais a frente, mostrando uma ameaça mais crível através de capangas bem
equipados, o que fez muito mais sentido.
Os
momentos de ação são bem coreografados, o que deixa toda a cena muito bonita de
ser acompanhada. Como existem poucos cortes, você se senti totalmente imerso, e
por vezes fica impressionado com qualidade de tudo aquilo, no entanto os
elogios param por aqui.
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O
roteiro é fraquíssimo, com uma estória bem genérica que emula a “jornada de herói”, mas que nem isso consegue, assim a obra logo se torna chata e cansativa. Conforme a trama avança, John fica
saltando para falar com um, depois falar com outro, depois falar com outro...
até o momento que você não aguenta mais e só quer que ele chegue logo. As
justificativas – tirando o arco principal – são todas mal construídas e chega
ao ponto de nada mais parecer fazer sentido.
A
tal juíza (Asia Kate Dillon), parecia que ia, mas não foi. Sua presença era
forte, e quando ela entrava em cena, a sensação era que algo interessante iria
acontecer, no entanto, em toda as vezes a vilã não passava das falas mais genéricas
possíveis, uma bela aula de desperdício de personagem.
John
Wick 3 passa longe de demonstrar a qualidade do seu primeiro, o que foi uma
decepção tremenda para a maioria dos fãs. O ápice, que de ápice não tem praticamente
nada, fica para trás de momentos anteriores do filme no quesito empolgação, e
você termina o longa pensando “ufa! Enfim
acabou!”.
NOTA DO FILME: 6,2
Espero
que tenha sobrado fôlego para Keanu no próximo Matrix.