Yu-Gi-Oh!: O Lado Negro das Dimensões | Crítica
Mergulhado
em nostalgia – Yu-Gi-Oh! – O Lado Negro das Dimensões – traz de volta grandes
duelos ao estilo do antigo anime que fez muito sucesso na década de 90.
Lançado
oficialmente em 2016 no Japão, o filme chegou aqui no Brasil apenas no ano
passado, e nada foi dito para explicar tal demora.
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Para
os fãs do antigo anime – assim como eu – essa nova obra apresenta um salto
considerável na qualidade da animação, algo que é natural, tendo em vista a era
tecnológica da qual estamos, nesse quesito, o ponto vai para o Studio Gallop, responsável pela
produção.
Dentre
algumas alterações, algo que não teve muito sentido foram as mudanças nas
aparências dos personagens. Como o filme se passa algum tempo após o final do
anime, é compreensível que hajam algumas mudanças, no entanto, certos
personagens tem diferenças consideráveis, e nenhuma delas parece fazer sentido.
Uma grande vantagem para o público brasileiro, é a volta dos principais
dubladores, como os de Yugi Muto, Téa, Kaiba e Joey.
Outro
incômodo que acabei tendo, foi a ilógica dos duelos. Claro que para quem
acompanhava o anime, isso é uma realidade naturalizada, pois, o Faraó sempre inventava
regras aleatórias para chegar à vitória. O problema é que aqui essa ilógica decola,
e em certos momentos chega a ser totalmente incompreensível. Obviamente tanto o
filme quanto o anime não seguem as regras do jogo real.
A
obra é extensa, tendo cerca de 2hs de duração, porém, estamos em uma era que
tais mídias estão cada vez mais longas, e nós consumidores cada vez mais
acostumados.
Para
um bom desenvolvimento, é essencial que a trama em si faça sentido, o que
também é um deslize aqui. O filme não explica como toda a batalha no final do
anime não teve influência nenhuma no vilão atual, o que deixa um buraco no
roteiro. Resumindo, o inimigo não foi bem encaixado.
Mas
vamos lá, nem tudo é um completo desastre, como já foi dito, a qualidade da
animação é das melhores, o que é um grande ponto positivo. Além disso, o filme
consegue trabalhar muito bem a antiga rivalidade entre Seto e Yugi, que por sinal
é um dos pilares da trama. Essa tal rivalidade foi muito bem construída, dando
um passo de cada vez, o que faz com que fiquemos empolgados para o desfecho
dessa batalha entre magos e dragões.
NOTA DO FILME: 6,2
E
aí, é hora do duelo?
Nota: Pessoal, sei que é uma obra um pouco antiga, no entanto, fiz essa crítica por pedido de alguns usuários de um grupo no Facebook do qual participo, grupo esse voltado a Yu-Gi-Oh!. Agradeço a compreensão, um abraço!