It: Capítulo Dois | Crítica
O palhaço mais assustador da
última década volta para fazer palhaçada com a cara dos protagonistas,
felizmente ele não é assim tão engraçado.
Uma das mais recorrentes
críticas a direção de Andy Muschietti – seria que o filme está inundado de piadas,
o que discordo bastante. Claro que It tem comédia sim, no entanto, no geral
esses alívios cômicos estão bem encaixados, tirando raríssimas exceções. Essa
crítica negativa em relação ao humor excessivo, pode ter acontecido em
decorrência de um efeito muito comum no cinema; quando estamos em grupo, os
sentimentos de outras pessoas podem nos influenciar, então qualquer sujeito
mais animado na sala pode ter contagiado vários outros, fazendo com que eles achassem
o filme mais engraçado do que realmente é. De qualquer forma, como foi
estabelecido no primeiro capítulo da franquia, a obra se propõe sim a ter
algumas piadas.
Em suas quase 3 horas de
duração, a obra não consegue justificar todo esse tempo em tela. Com Flashbacks a todo momento que dão
inveja até aos fãs de Naruto, as cenas tentam se sustentar em acontecimentos
relevantes para o desenvolvimento, porém se você refletir um pouco mais, verá
que nada daquilo é realmente necessário.
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Os efeitos especiais são uma
montanha russa, hora estão bem feitos, hora te tiram completamente da aventura,
sendo essa segunda opção mais recorrentes em criaturas aleatórias, que por
sinal em nada acrescentam a obra.
Os famosos Jumps Scares também estão por aqui, mas
em uma medida dosada, apenas para um agrado daqueles que ainda adoram esse
recurso.
Apesar dos repetitivos Flashbacks já citados, uma coisa que o longa acerta em cheio são os
desenvolvimentos de cada personagem. Por serem praticamente todos
protagonistas, cada um deles recebe um pedaço especial do filme, que faz com
que você passe a se importar bastante com eles. Nesse quesito o diretor ensina,
qualquer drama que se pretenda criar, você só vai se importar com aquele
personagem se entender a história dele, e com isso a obra ganha um toque
açucarado.
Um outro recurso utilizado
de forma bastante inteligente pela produção, foi o filme brincar em alguns
momentos com ele próprio. Em algumas cenas o personagem Bill (James McAvoy), é
criticado pelos finais de seus livros, mostrando que o diretor está rindo de
quem não gostar do seu final, pois trata como um pequeno deboche ao mesmo tempo
que usa tal recurso para o desenvolvimento de Bill. Não podemos esquecer ainda da
pontinha que Stephen King faz na obra ala Stan Lee.
Nada em especial a dizer
sobre as interpretações, todas estão apenas okay.
NOTE
DO FILME: 7,5
Para aqueles que sentirem falta de comentários sobre os temas sociais tratados no filme, não se preocupem, estou redigindo um artigo apenas sobre isso. Acredito que são assuntos muito extensos, por isso decidi separar em duas partes, pois assim evito que se sintam fadigados da leitura. Um abraço!