Aladdin | Crítica
Surfando na onda dos live
actions, a Disney trouxe mais uma adaptação de uma famosa franquia de sucesso,
Aladdin. Já digo de antemão que a obra não é ruim, mas me fez refletir bastante
sobre a necessidade de tantas readaptações que a empresa tem feito. Sabemos
obviamente que a resposta é dinheiro.
Infelizmente, assisti apenas
a versão dublada, por isso não posso julgar a versão original do filme, e isso
impacta principalmente em suas canções, mas vamos lá. As músicas inseridas no
longa são simplesmente horríveis, isso mesmo, são ruins, chatas, bregas,
cafonas e ainda com vozes totalmente genéricas compostas por audiotune, é
realmente decepcionante. Bem-intencionados a produção ainda tentou dar mais importância
a princesa Jasmine (Naomi Scott), lhe atribuindo uma canção empoderada,
porém, como boas intenções não são suficientes, a música também é sofrível,
e só faz com que as pessoas se sintam mais envergonhadas. Para piorar, é quase impossível não se
distrair com qualquer outra coisa quando Aladdin (Mena Massoud), estiver cantando.
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Referente ao roteiro, o
mesmo é bem fraquinho, porém eu consegui relevar, já que todo aquele universo
fantástico deixa sua suspensão da descrença lá no alto. Aqui, espere apenas o
básico.
O mago Jafar (Marwan Kenzari),
também é outra decepção. O ator não chega nem perto de passar o terror que a
versão da animação fazia, é uma grande tristeza para mim, já que o personagem tinha
tudo para ter roubado a cena.
Depois dos tapas, vamos
acariciar um pouquinho. O gênio (Will Smith), é de longe a melhor coisa do
filme, nem se quer consigo imaginar outro ator no papel. Lembro de o próprio
ter virado piada na internet após os primeiros trailers, pois várias pessoas acharam muito
estranho aquela aparência azulada, no entanto, isso é passado, com um CGI bem
elaborado e as expressões do ator praticamente intactas, você logo esquece da
sua cor, e se sente totalmente envolvido pelo personagem. O gênio também é o
único que consegue cantar uma música interessante.
Outro ponto positivo do longa é o seu visual, tudo é maravilhoso, e é muito fácil se perder observando todo
aquele espetáculo. Ainda para complementar, a obra traz para os mais
saudosistas toda aquela ambientação característica – seja do desenho ou do jogo
–, o que é um deleite.
NOTA
DO FILME: 6,2
Tem um gato no filme, ele é
um fofo.