A Maldição da Chorona | Crítica
ESTE ARTIGO NÃO CONTÉM SPOILERS!
Outra vez aqui para escrever
sobre uma obra de terror. Prometo que não é complô, é só coincidência mesmo.
A Maldição da Chorona, filme
lançado em abril de 2019, do diretor Michael Chaves, é mais uma aposta desse gênero
do qual por mais que se passem as décadas, continua não saindo de moda, gerando
bastante renda para os seus produtores. Nesse caso, a obra teve um orçamento
considerado pífio de apenas U$ 9 milhões, e teve uma bilheteria de U$ 122
milhões, o que é bastante lucro.
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Baseado em uma lenda
mexicana, a Chorona está constantemente se segurando numa corda bamba que ela
mesmo quis subir. Até fico refletindo sobre um efeito em comum que muitos
filmes sofrem, eles apresentam uma introdução bem construída, bem filmada,
super coerente, mas depois parece que a obra se perde a cada minuto que passa. Esse
filme sofre muito disso, ele começa alto, porém desce tanto, que quase se afoga
em lama.
Com esse baixo orçamento, a
obra justifica os pouquíssimos efeitos visuais, e uma Chorona básica que se
gastou desse orçamento foi apenas em equipe de maquiagem.
O que me surpreende é que o
filme não é ruim, mesmo cheio de clichês, interpretações mais ou menos, e uma
Chorona bem questionável, o diretor conseguiu deixar quase tudo amarradinho, o
que te faz assistir tranquilamente, sem muitos questionamentos.
Só que, o que mais me
incomoda é um constate ar de amadorismo, tudo é tão simples que parece que
estamos assistindo uma obra das antigas, mas não é. Claro que novamente falamos
aqui de orçamento também, no entanto, apenas isso não justifica a razão de
estar assim. Também não me refiro a ambientação que a obra tentou apresentar.
Um problema sério é que eu não
aguento mais o clichê do padre exorcizador de espíritos. Essa clichêzisse não tem
mais como justificar, sem contar que o personagem Rafael Olvera (Raymond Cruz),
está tão deslocado que nem parece fazer parte do mesmo elenco, já que as
crianças e a mãe Anna (Linda Cardellini), até passam bastante veracidade.
O filme é simples, sem
novidade, básico e cheio de clichês, mas tem um roteiro arrumadinho, uma
história com elementos diferentes, e que consegue te proporcionar bons minutos
de diversão.
NOTA DO FILME: 6,0
Eu quero chorar também e
vocês?