Stranger Things (3º temporada) | Crítica
ESTE ARTIGO NÃO CONTÉM SPOILERS!
A 3º temporada de Stranger
Things foi lançada recentemente pela Netfix. E a série virou notícia ainda mais
quando a empresa anunciou que a mesma bateu recordes de audiência em sua
plataforma (veja aqui).
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Stranger things não perdeu a
sua essência quanto a ambientação, e isso já me deixou bem aliviado quando comecei
a assistir à nova temporada. As décadas de 80 e 90 ainda estão lá bem retratadas,
músicas características da época, figurinos e o constante neon espalhado por
todas as partes, tudo está impecável, e é praticamente impossível algo te tirar
dessa imersão.
Aliado a isso, o seriado oferece
agora uma trama mais adolescente do que infantil, na verdade ela se coloca
exatamente na transição entre essas realidades, apresentando também conflitos
entre as duas fases, o que é um grande acerto, já que acompanha
inteligentemente a idade de seus protagonistas. É divertido ver como as moças
se unem e deixam os rapazes de lado, causando situações hilárias, mas que
também trazem reflexões. Assim como Hopper (David Harbour), que fica
constantemente preocupado com o relacionamento de Onze (Millie Bobby), o que
causa cenas fofas e engraçadas. On por sinal é ainda mais humanizada quando
utiliza de seus poderes para fazer coisas simples ou “coisas de adolescentes”.
Em seus primeiros episódios
a ação fica praticamente esquecida para dar espaço a construção de seus
personagens, aqui a Netflix demonstra que tem aprendido muito com seus erros, e
que as suas obras não têm mais aquele ar de amadorismo de tempos atrás.
Por alguns momentos a série é
chata, arrastada, com diálogos que não nos oferecem nada. Nossa sorte é que
essa fase não é muito longa, diluída muitas vezes a poucos minutos em um mesmo
episódio. O ápice talvez seja as discussões entre Hopper e Joyce (Winona Ryder),
que se tornam chatas até mesmo para os personagens dentro da trama.
No que tange as atuações, todo
mundo está impecável, as mesmas interpretações de grande nível que já tínhamos vistos
nas temporadas anteriores. O destaque aqui fica para Robin (Maya Hawke), que em
alguns momentos rouba toda a cena com seu carisma. A inserção da nova personagem
deu uma pequena pitada de novidade, que incrementou ainda mais a trama.
O fechamento é quase
acertado. Tem alguns momentos tristes, que combinam perfeitamente com o clima
de despedida. O problema é que não se existe razões para uma próxima temporada,
a direção nos desce goela abaixo uma ponta que ficou além de deslocada, não tão
interessante para uma continuação.
Todos nós sabemos que a
exploração ainda mais da franquia se dá pelo seu sucesso, o que nos leva a
ficar com a esperança de que os produtores acertem mais uma vez.
NOTA DA TEMPORADA: 7,4
Um abraço pessoal!