Não Olhe | Crítica
ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!
Recentemente
assisti um filme de “terror” que
acabou sendo pouco expressivo aqui no Brasil e no resto do mundo. Ao comentar
sobre a obra, praticamente ninguém me disse ter assistido.
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Look
Away (Não Olhe), é um filme com uma bela fotografia, e que até traz boas propostas,
no entanto, não tem nada mais que isso. Sua premissa é muito mal trabalhada,
fazendo do filme um ótimo exemplo de como estragar uma ideia.
A
personagem Maria (India Esiley), está na fase de transição de adolescência para a vida a adulta, aqui, já vemos
os mesmos dramas de sempre, como com quem ela quer ir para o baile, que
presente ganhar de aniversário, ficar com o namorado da amiga, problemas com o
pai e etc. A obra começa a se tornar interessante – o que é um engano – quando a
moça começa a dialogar com uma outra versão de si própria que habita o outro
lado do espelho.
Aqui
temos mais uma pedra. Espelhos podem até ser um recurso interessante, mas
quando bem utilizado. A forma com que a protagonista conversa com a sua outra
Eu é mais clichê que a própria palavra clichê, sem contar nos péssimos diálogos
que estão totalmente sem inspiração.
Para
piorar, o diretor Assaf Bernstein, decide explorar a sexualidade da moça, o que seria uma ótima ideia, tendo em vista
que a personagem no filme – não na vida real – ainda é uma adolescente. O
problema é que decide-se explorar essa sexualidade fazendo a atriz ficar
completamente nua, e em outros momentos mostrando os seios, o que se torna
totalmente constrangedor se você lembrar que eu escrevi que ela é uma
adolescente. Sexualidade e nudez não são a mesma coisa, quem sabe alguém dê
esse toque para o rapaz.
A
obra é fraca, em praticamente todos os aspectos, os personagens são uma representação
clichê de todos os estereótipos de filmes adolescentes que você imaginar (o
bonzinho, o malvado, a sofredora), e, pelo menos para mim, não há se quer um
susto decente, o que pode ser um problema para filmes que se classifiquem como
terror/suspense.
Como
disse lá no início, a única coisa que talvez você aproveite é uma fotografia aceitável
– mas também sem grandes inspirações – pois os editores conseguiram passar o ar
depressivo e gélido na maioria das vezes, o que me fez até gerar uma empatia
pela moça.
NOTA DO FILME: 4.0
E
você, assistiu? não assistiu? Espero que tenham gostado, um forte abraço.